quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A quem interessar possa...

Certa vez, na Índia, um sábio passeava, com seu discípulo, à margem do rio Ganges, quando viu um escorpião que se afogava. Ele então correu e, com a mão, retirou o animalzinho e o trouxe à terra firme. Naquele instante, o escorpião o picou... Dizem que é uma dor terrível... Inchou a mão do sábio. Assim que ele o colocou no chão, pacientemente, o escorpião voltou para a água. E ele, com a mão já inchada e aquelas dores violentas, vai e o retira novamente. E o discípulo a observar... Numa terceira vez que ele traz o escorpião, já com a mão bastante inchada e as dores violentas, ele o põe mais distante em terra. Aí, o discípulo já não suporta mais aquilo, e diz: "Mestre, eu não estou entendendo... este animal... é a terceira vez que o senhor vai retirá-lo da água e ele pica sua mão dessa maneira. O senhor deve estar sofrendo dores horríveis...". E ele, com a fisionomia plácida das almas que conhecem o segredo do bem, daqueles que já realmente conquistaram um território de amor e de renúncia no coração, que têm a visão das verdades celestes, vira-se para o discípulo e diz: “Meu filho, por enquanto a natureza dele é de picar, mas a minha é de salvar!”

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