quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Aguinaldo Silva pergunta: vc já afagou o seu gay hoje?





Não sei o que é pior nessa história toda em torno do preconceito: se a homofobia ou o vitimismo gay. Mas o fato é que os gays no Brasil entraram numa onda de “por favor, nos amem, somos coitadinhos, precisamos de vossa aprovação incondicional pra vivermos plenamente!” Fala sério!
O objetivo do politicamente correto e do preconceito é o mesmo: discriminar. E gay sendo politicamente correndo, sonhando com um lugar de destaque na sociedade como grão senhor homossexual, casando, engravidando e tendo filhos? É de chorar!
Tem gay ativista dizendo que Crô presta um desserviço à “causa” por ser pintoso, acusando “Fina Estampa” de homofobia e querendo até me processar… Socorro Santa Madame Satã! Ah (de novo), fala sério ô viado!
Foi por isso que, sendo gay, deixei de ser ativista. Porque, quando olho para uma pessoa, o que vejo é apenas isso: uma pessoa – seja ela hetero, viado ou o diabo a quatro.
Cada pessoa é uma pessoa. Não existe isso de igualar pessoas por raça, religião, preferências ou sexo. Todo mundo tem o direito de gostar ou não de jiló e de quiabo. Eu sou eu, você é você, e o grande barato da condição humana, é que cada um de nós é um indivíduo: eu, você, Jair Bolsonaro, o ativista gay que fala como se fosse o irmão de idéias deste (só que ao contrário) somos únicos.





ELES QUEREM DOMINAR O MUNDO!

Estou na praia. Saio pra caminhar na única hora em que acho que vou ter sossego (não digo qual). Já estou nos 3200 metros quando um cidadão de boné passa de bicicleta e me aponta com o dedo num gesto de recriminação. Fico na minha, finjo que nem é comigo. Mas ele pedala mais cem metros, dá meia volta e vem em minha direção. Aí vem bomba, penso, e não dá outra. O cidadão emparelha sua bike comigo e, com uma voz ligeiramente fanha, pergunta:
“Você não tem vergonha?”
“De quê?” – eu lhe devolvo a pergunta. E ele:
“De botar na televisão um gay escroto feito esse tal de Crodoaldo. Por que você faz isso?”
“Porque eu quero, ora bolas!” – É a minha resposta com a qual espero encerrar o papo, mas cometo um ledo engano… Pois o cidadão dá início à sua réplica:
“Nós gays não somos pintosos daquele jeito, somos pessoas normais, que queremos viver vidas comuns, casar e ter filhos”.
“Uns com os outros?” – eu pergunto, e ele parte pra cima:
“você não passa de um cínico! Um cara que escreve novelas, ainda mais um homossexual – como você diz que é, mas eu não acredito -, tem que dar um bom exemplo às novas gerações de gays!”
“Novas gerações de quantos anos?” – eu insisto, já sentindo que, a caminhar em ritmo acelerado e a falar ao mesmo tempo, me começa a faltar o fôlego.
“Os adolescentes – ele diz – os jovens que não sabem pra onde vão e precisam ser orientados.”
“Mas não por mim!” – eu o advirto. “E pra onde irão eles terão que descobrir por si mesmos, como acontece com todo mundo, inclusive os heteros!”
“Você não sabe o que é o homossexualismo!” – ele proclama. E eu lhe digo que isso é a mais profunda verdade: eu não sei, mesmo depois de mais de sessenta anos a praticá-lo. Pois nessas seis décadas e picos at work eu nunca encontrei um homossexual que fosse igual ao outro, o que me impede de fazer como ele e reunir todos numa assim chamada “classe”.



A essa altura eu já estava nos 4200 metros, e o meu sonho de consumo que era caminhar sete puxados quilômetros e depois voltar pra casa e tomar um relaxante banho de espuma fora, com licença da má palavra, pro caralho…
E tudo isso por causa de um viado politicamente correto, ou seja: a contradição em forma de ciclista!
Que, aliás, continuava ali, a pedalar do meu lado enquanto despejava sobre mim sua peroração de bicha que se quer decente:
“Mostre que tem um mínimo de respeito pela classe” – ele dizia enquanto eu tentava, mesmo sem fôlego, apressar o passo. “Faça pelo menos com que no final da novela aquela médica (Renata Sorrah) e sua paciente (Júlia Lemertz) tenham um caso e possam criar o filho!”
“E se nascer uma abóbora?” – eu arrisco. E ele: “você enfia no @*!”
“E quanto ao Crô, o que eu faço com ele?” – provoco.
“Faz aquele puto morrer atropelado e se joga na frente do carro junto com ele, seu viado” – ele diz.
E sai a pedalar furioso.
Já pensaram no dia em que essa “classe” de bichas normais dominar o mundo?!
Mesmo antes que isso aconteça eu não saio mais pra caminhar no calçadão, qualquer que seja a hora…Pois da próxima vez ele pode estar armado!



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