segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Vou ali retirar umas pedrinhas da vesicula e volto djá!




A colecistectomia é um dos procedimentos cirúgicos mais comumente realizados na cirurgia do aparelho digestório, normalmente devido à litíase (pedra) de vesícula biliar. Seu emprego teve um grande impulso e aumento da aceitabilidade com o surgimento da via vídeo-laparoscópica de cirurgia.

A retirada cirúrgica da vesícula biliar (colecistectomia), tem sua indicação principalmente em três doenças:

1) Litíase (pedra) da vesícula biliar;

2) Pólipos de vesícula biliar;

3) Tumores da vesícula biliar.

A vesícula têm a forma semelhante a uma pêra, ficando localizada logo abaixo do fígado, na região superior e à direita do abdome. O procedimento cirúrgico consiste, basicamente, na ligadura da artéria que nutre a vesícula biliar com sangue (artéria cística) e do ducto que esvazia a bile da vesícula biliar (ducto cístico), seguido do descolamento da vesícula biliar do fígado.



O procedimento cirúrgico habitualmente é realizado pela via vídeo-laparoscópica, popularmente conhecido por cirurgia a "laser". Algumas situações clínicas são contra-indicações relativas ao procedimento vídeo-laparoscópico, situações como:

- Cirurgias abdominais prévias: cirurgias antigas na parte superior do abdome podem ocasionar formaçoes de aderências, o que dificulta o procedimento cirúrgico pela via vídeo-laparoscópica.

- Doenças pré-existentes: problemas pulmonares, cardíacos, de coagulação, obesidade, dependendo da gravidade podem contra-indicar o procedimento.

O procedimento vídeo-laparoscópico, consiste na insuflação de dióxido de carbono (CO2) na cavidade abdominal (barriga) do paciente, permitindo que o cirurgião posicione uma câmera de vídeo pela cicatriz umbilical, e através dela observe o interior do abdome. Auxiliado por algumas pinças posicionadas através da parede abdominal (incisões de aproximadamente 1cm), o cirurgião realiza o procedimento de colecistectomia. Confira um vídeo demonstrativo abaixo.




Em algumas situações durante o procedimento cirúrgico, como sangramento, alteração da anatomia, inflamação intensa, o cirurgião necessita converter a cirurgia do método vídeo-laparoscópico para o método aberto. Isso ocorre em aproximadamente 2% das cirurgias eletivas, e em cerca de 7-10% das cirurgias de emergência.

A conversão também pode ser necessária em situações que a doença é de gravidade maior que o inicialmente previsto, necessitando de outro tipo de intervenção cirúrgica para sua correção.

A conversão consiste na realização de uma incisão de aproximadamente 10-20cm no quadrante superior direito do abdome.


Método aberto: incisão de cerca de
10-20cm.

Método vídeo-laparoscópico: quatro
incisões de cerca de 1 cm.

As vantagens do método vídeo-laparoscópico são: recuperação mais rápida, menor dor pós-operatória, melhor resultado estético. Vale lembrar que ambos os métodos tratam a doença da mesma maneira, a diferença é o meio que o cirurgião realiza o procedimento.

O procedimento de colecistectomia é considerado um procedimento seguro e amplamente realizado, entretanto não é isento de riscos, dentre eles:
- Complicações gerais de qualquer procedimento cirúrgico (sangramento, infecção, cicatrização imperfeita da incisão cirúrgica, hérnia no local da incisão cirúrgica, trombose);
- Lesão das vias biliares;
- Fístula (vazamento) de bile;

O tempo de recuperação após o procedimento cirúrgico vídeo-laparoscópico se situa em torno de 10 dias. Esse período depende da atividade profissional exercida pelo paciente e por características individuais. Esse período é um pouco mais extenso nos casos em que o procedimento é realizado pelo método convencional (aberto).







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