domingo, 3 de fevereiro de 2013

'Não sei como fiz para puxar o ar', diz jovem que usou freezer para se salvar Ingrid Goldani ainda não sabe quem a ajudou a se salvar no incêndio. Estudante de enfermagem trabalhava no local havia um mês e meio.

Inteligencia emocional é a capacidade, entre outras coisas, de se manter calmo diante de crises e focar na melhor soluçao! Foi o que essa jovem fez e por isso esta viva, alem de ter tido um anjo salvador que a carregou para fora da arapuca em chamas e venenos letais!




Um dia depois deixar o CTI do Hospital Conceição, em Porto Alegre, Ingrid Goldani ainda não sabe quem a ajudou a se salvar do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no domingo (27), que matou 236 pessoas. A jovem de 20 anos trabalhava no bar da casa e puxou fôlego em um freezer para conseguir sair do local com vida.
"Nem sei como fiz para puxar o ar. Na hora do nervosismo, lembrei do freezer. Puxei o ar, botei a camiseta no nariz e na boca e fechei os olhos. Fui às cegas", contou ao G1 na manhã desta sexta-feira (1).
O pesadelo que viveu durante o incêndio é uma memória que ela quer apagar. Quando percebeu a confusão, disse que correu para avisar as colegas que estavam no caixa e lembrou que o freezer era o único local com oxigênio "limpo". Ao pular o balcão para escapar, Ingrid caiu e foi pisoteada.
A vantagem de conhecer a casa noturna a ajudou. "Foi o que me tirou lá de dentro. Eu conhecia onde estava indo", disse. Quando estava no chão, um jovem a pegou no colo e a tirou do tumulto. A mãe da menina postou um agradecimento ao salvador anônimo.
"Graças a Deus e ao rapaz que ajudou ela a sair daquele inferno. Meu eterno agradecimento a você", comentou Eliete em seu perfil no Facebook.



Ingrid Goldani trabalhava na boate Kiss

Ingrid trabalhava na casa noturna havia um mês e meio. Neste período, diz que nunca viu show pirotécnico no local. "Não conhecia ninguém da banda. Eles tocavam lá pelo menos uma vez por mês", lembrou. Ela ainda disse que tinha apenas relação "profissional" com Elissandro Spohr, um dos sócios da Kiss.
"Eu vi tudo o que aconteceu e travei. Sempre gostei de festa. Antes de trabalhar na Kiss trabalhei em outro bar. Eu achei que nunca precisaria me preocupar com isso", contou.
Ingrid está no quinto semestre de enfermagem. Se estivesse em condições no momento, gostaria de ajudar os feridos de Santa Maria. "A gente tem de pensar em ajudar os outros, não importa a situação em que esteja", repetiu Ingrid. A previsão é que a jovem saia do hospital no início da próxima semana.





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